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SOBRE SAÚDE: CONCEITOS, CAMINHOS E ESCOLHAS

Foto do escritor: Fernanda Louisy Ferreira de OliveiraFernanda Louisy Ferreira de Oliveira

Atualizado: 4 de mar. de 2024

Iniciamos mais um ano e momentos como esse são sempre momentos de renovação em que traçamos objetivos e fazemos pedidos. Dentre os pedidos que fazemos tem um item que nunca falta: SAÚDE. É comum ouvirmos a expressão: “Eu só desejo saúde porque com saúde o resto corremos atrás”. Mas afinal o que seria ter saúde?

A Organização Mundial de Saúde define saúde como “perfeito estado de bem-estar físico, mental e social” (OMS, 2006). Apesar de ser um conceito que tenta se aproximar do atual cenário de saúde, ainda é uma visão atrasada por segmentar os elementos que compõem o bem-estar e um tanto quanto pretencioso e fora da realidade por colocar o adjetivo perfeito enquanto um objetivo de saúde a ser alcançado.

Com os avanços tecnológicos diminuímos significativamente as taxas de mortalidade materno-infantil, de mortalidade por doenças infectocontagiosas e aumentamos a expectativa de vida. Pois é, estamos vivendo mais, mas será se estamos vivendo melhor?

Em 2019, no Brasil, mais de 50% da população morreu por problemas de saúde como doenças cardiovasculares (obesidade, infarto), doenças respiratórias, diabetes e câncer. Além disso, a saúde mental também tem sido um problema preocupante não só para o Brasil, mas para o mundo como um todo, estamos cada vez mais depressivos, ansiosos e esgotados.

Essas doenças são chamadas como doenças crônicas não transmissíveis. E o desafio para lidar com elas não está apenas em evitar o fim da vida, porque já vimos que estamos vivendo mais, mas principalmente lidar com um elemento que não estamos acostumados: a cronicidade. Estar sujeito a doença crônica não transmissível implica em viver uma vida até mais longa, mas com mais sofrimento. E o que incomoda com esse cenário é que estamos sofrendo com doenças causadas ou agravadas por nosso modo de viver.

O Ayurveda, a medicina indiana, define saúde como ter uma vida longa e feliz e que para isso precisamos viver na dança da busca do equilíbrio. Essa ciência milenar explica que existem cinco elementos determinantes que nos aproximam ou nos afastam do equilíbrio e esses elementos são o karma, a genética, o estilo de vida, as emoções e a alimentação, sendo que os três últimos elementos são os únicos que podemos controlar.

O que isso quer dizer? Isso quer dizer que nem sempre podemos controlar o nosso estado de saúde, algumas pessoas já nascem com doenças irreversíveis como é o caso de algumas doenças degenerativas, mas para a maioria de nós, apesar de termos a propensão para desenvolvermos determinadas doenças em virtude da genética, nós podemos evitar o seu desenvolvimento através da forma que vivemos, das emoções que nutrimos e dos alimentos que ingerimos.

Mas isso nós já sabemos não é mesmo? De uns tempos para cá a medicina vigente tem nos alertado constantemente sobre a necessidade de nos alimentarmos melhor, fazermos exercício, termos uma vida menos estressante e mais próxima da natureza. Já é comprovado cientificamente que todos esses elementos causam impacto significativamente positivo para saúde.

No entanto, ainda enfrentamos dificuldades para pôr em prática o que já sabemos em teoria. Talvez o que esteja nos faltando para termos uma vida longa e saudável (ou feliz como diz o Ayurveda) seja não só um estilo de vida mais saudável, mas (e principalmente) internalizarmos uma filosofia de vida que possua valores alinhados com uma visão integral (de fato) do ser humano e com uma visão holística da vida. Se buscarmos, inspirações não nos faltarão, o desafio é desconstruirmos e reconstruirmos a visão que nós (humanidade) entendemos sobre o que é importante para a vida.
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